Não muito tempo atrás, seguindo a cartilha do mercado de consumo, uma pastora e um padre estiveram no programa de maior audiência da moralmente decadente tv brasileira. enquanto promoviam seus "ministérios" e CDs, assisti um (que vou considerar em respeito a pastora) grande ato falho de um cristão em rede nacional. Se fora da grande mídia, cristãos são apedrejados, mutilados e queimados vivos por não negarem ao evangelho. Em cadeia nacional, no canal mais visto pelos brasileiros, uma pastora (a quem considero minha irmã em Cristo), não fez distinção entre trevas e Luz. Pelo contrário, produziu um novo pensamento em uma teologia pseudo-cristã:
"Cada um anda na luz que tem"... disse ela.
Preciso, antes de continuar, explicar minha posição a respeito da amizade entre cristãos e católicos, cristãos e muçulmanos, hindus, budistas ou qualquer outro que professe um evangelho diferente daquele pregado por Cristo e seus apóstolos.
Creio, de todo coração, ser possível existir amizade entre pessoas que pensam, agem e fazem construções de mundo antagônicas. Primeiro, independente do credo, TODOS pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Segundo, não importa se é em Jerusalém, em Samaria ou em Nínive, homens e mulheres aguardam as boas novas do Evangelho. Terceiro, não existe mais distinção entre senhor, escravo, livre, grego ou bárbaro... Cristo é tudo em todos.
Deste modo, cristãos não são a melhor classe de pessoas sobre a face da terra... pelo contrário, se cremos nas palavras de Cristo, e certamente cremos: "De todos sereis odiados por causa do meu nome." (Lucas 21.17)
Logo, a questão não é obviamente o padre. Pois ele, dentro dos conceitos do homem de bondade, misericórdia e amor, é muito estimado. A questão é quem ele representa e o que ele prega.
Sei que a referida pastora não acredita existirem várias "luzes", mas sim, que há apenas uma Luz. O resto, são trevas. Não existem "muitas" luzes, como não há outros deuses. Existe um único Deus... uma única luz.
O cristianismo contemporâneo tem se perdido nas ideologias e no pensamento pós-moderno. Como resultado da intolerância do século XX, como dos fascismos europeus, do socialismo e dos regimes militares de direita, a misericórdia de Jesus demonstrada pela adúltera (João 8) passou a ser vista como tolerância. O amor demonstrado por Cristo ali, agora é visto como aceitação.
Ora, foi uma simples aplicação do "misericórdia quero, não holocaustos" (Mateus 12.7). Mas em nenhum momento ele demonstrou tolerância ao pecado daquela mulher. Ou não teria dito: "não peques mais". Sim, ele considerou ser um pecado o adultério, não, ele não a condenou, ele a absolveu... e não, ele não foi tolerante com o pecado... a este, ele condenou... "não peques mais". E não, ele não aceitou que ela permanecesse naquele estado... mas ele radicalmente a transformou... pois ela estava morta, e lhe foi dada a vida.
Não devemos ser tolerantes com os erros. Não devemos deixar de admoestar. E por fim, não devemos colocar o homem no lugar de Deus. Antes de pecar contra Aquele que tem o poder sobre nossas almas, deveríamos considerar nos opor aos que só podem tocar nossa carne. Pois não serão estes últimos a nos julgar, mas o Primeiro.
Portanto, um púlpito consagrado a Deus não pode ser dividido com alguém que serve a outro deus... ou que evoca mortos por intermédio de estátuas mudas. Um ministério forte não é aquele que arrebanha milhares e milhares em torno de sua cidadela, mas aquele que mantem-se integro até a volta de nosso Senhor.
Ainda que criados pelo mesmo Deus... somos absolutamente incompatíveis nas coisas espirituais.
"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade;" (Isaías 5.20)
Soli Deo Gloria
Muito bom seu texto! Fui realmente edificado.
ResponderExcluirNa confusão de hoje, mais que em qualquer outra época, a luz deve destacar-se nas trevas, para que estas não prevaleçam. E não prevalecerão porque as próprias portas do inferno não prevalecerão contra a Amada Igreja do Senhor.
Um grande abraço, irmão.
Avelar Jr.
www.nao-obrigado.blogspot.com