12.8.10

uns cogitam coisas da carne... outros coisas do Espírito

Li, ontem eu acho, um texto do Leonardo Galdino, publicado nos blogs Bereianos e Púlpito Cristão, além do próprio blog do autor, claro. Quanto ao artigo, nada a acrescentar. É excelente. Quanto aos comentários que li do artigo nos três blogs que supracitei. É lamentável. Sim... lamentável...

O veneno do pós-modernismo corre nas veias dos "novos evangélicos". Uma frenética busca em transformar a Palavra de Deus em algo tão instável quanto a própria mente humana caída, para que assim, ela possa ser mais bem digerida pelo homem.

Engraçado (ou tragicômico) foi ver um comentário em que alguém defendia a neo-teologia do pr. Gondim usando um texto de Charles H. Spurgeon... faz-me rir... Spurgeon colocaria essa teologia receosa de "ofender" a criatura e firmada em areia movediça ao lado daqueles com quem lutou no final da sua vida na Controvérsia do Declínio. O príncipe dos pregadores não aceitou a pregação moderna... não aceitaria o seu filhote: a teologia liberal.

Outro afirmou que Jesus não era adepto da "teologia da certeza". Mas de que Jesus esse camarada tá falando? Usou o fato de Jesus responder aos questionamentos com outra pergunta. Jesus não perguntava por que tinha dúvidas, perguntava porque tinha certeza. Perguntava porque estava ensinando. Atribuir ao Cristo, Filho de Deus, incertezas, é no mínimo... HERESIA. Se bem que esse termo caiu em desuso, como também palavras como MUNDANISMO e DOUTRINA... é claro.

Outro tipo de comentário que vi foi o "questionamento" de Lutero e Calvino feito a igreja romana. O artigo escrito pelo irmão Leonardo não trata de "questionar" a instituição igreja, trata de questionar a Palavra. Não um questionamento com o intuito de aprendizado, mas o questionamento que põe em chave a própria fé. Tolamente, os que tornam "parcial" ou "relativa" a Palavra, cortam o galho da fé onde estão sentados.

Leitores e admiradores de livros como A Cabana, deleitam-se mais lendo Foucault e Nietzsche que as cartas de Paulo. Porque parece a seus olhos, que aquelas dão mais certezas por se afirmarem como incertezas que essas que se apresentam como verdade irrefutável. O Evangelho não é firmado em areia, mas em rocha. O questionamento deve sempre existir, somos criaturas pensantes, racionais. Mas a verdade é uma só. Não é a Palavra que se adapta ao meu pensamento... minha mente é que deve ser transformada pela Palavra.

Terminarei da mesma forma que o Leonardo concluiu seu texto.

"Vou ficar mesmo com a fé do cristianismo histórico". Pois já experimentei dessa outra água... e ela fede.

3 comentários:

  1. Realmente, é absurdo como as pessoas conseguem usar até jesus para defender a propagação das incertezas: imagina Pedro falando sobre "e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da Incerteza que há em vós,"

    Daniel, eu vi seus desenhos, são ótimos: tem como fazer uma caricatura daquele mesmo estilo do Spurgeon para mim?
    Abraços
    Armando Marcos
    www.projetospurgeon.com.br

    (no site, tem uma ampla galeria de fotos para ajudar)

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  2. Não sou um "caricaturista"... mas vou ver o que dá para fazer.

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  3. Daniel,

    "Tolamente, os que tornam 'parcial' ou 'relativa' a Palavra, cortam o galho da fé onde estão sentados".

    Adorei essa!

    Abraços!

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