Chama-me atenção essas duas lamentações de Jesus Cristo. Elas são parecidas mas não iguais. Confesso que por muito tempo elas pareciam-me ser a mesma coisa. Estudando um pouco vi que existe diferença entre elas. Apesar de se referirem ao mesmo tipo de cristão hipócrita, apresenta dois tipos distintos na aparência de falsos pregadores, falsos cristãos e falsos profetas.
Na passagem do Evangelho do Apóstolo Mateus, Jesus lamenta o fim daqueles que parecem ser mais do que realmente são. Vejo Cristo lamentando pelos pseudo-apóstolos e seus ternos cheio de brilho e perfume forte para que não passem despercebidos no meio da multidão. Vejo Cristo lamentando pelo fim dos falsos profetas e suas revelações que não transformam, mas aprisionam ainda mais o homem... homens que contornam o mundo para fazer um prosélito, para depois o tornar duas vezes mais filho das trevas, pois não ensinam a Palavra, mas suas doutrinas espúrias e uma religiosidade demoníaca.
Eles são sepulcros caiados. Pintados de branco e adornados com flores de plástico e vasos de porcelana falsificada... todo mundo que passa vê e consegue claramente identificar: Trata-se de uma sepultura. Ou admira sua beleza, ou sente repulsa por se tratar de um depósito de ossos, vermes e baratas. Quem toca nesse tipo de sepulcro, deliberadamente o faz. Contamina-se pois compactua com essa "beleza" mórbida e decadente. Quem rejeita e se afasta, é porque percebe que só o tocar já o contamina. Deseja distância do pecado e o que aquilo representa.
Quando leio a passagem do Evangelho de Lucas, vejo um outro tipo de hipócrita. Um outro tipo de religioso temente ao homem e não a Deus. Escravo do pecado e não da Justiça. Temente a própria consciência, perturbado com suas dúvidas e refém de sua carnalidade. Adepto de um teísmo que põe o homem no centro mas que precisa esconder-se atrás de uma fina cortina de falsa piedade. Com aparência de temor a Deus, não passa de demência humana. Julga tudo no natural e busca em seu próprio coração a resposta para suas dúvidas sobre os mistérios do Senhor. Julga Deus como um soberano limitado, um poeta incompreendido, um filosófo em busca do seu eu.
Quem passa não percebe que é uma sepultura... muitos desavisados, menos experientes ou com um olhar menos apurado, não percebem a fonte de podridão... passam por ela e se contaminam.
Não faltam sepulturas... aparentes ou escondidas no meio do evangelicalismo brasileiro.
Que Deus tenha misericórdia dos seus... Maranata Jesus!
Daniel, parabéns pelo texto. Eu também nunca tinha percebido a diferença das passagens, nem exatamente como cada uma se aplica a mim mesmo. Valeu pelo chacoalhão.
ResponderExcluirFabrizio
Olá meu amigo Daniel, queria te dar um conselho, que pretensão a minha...rsrs...mas foi um conselho de um amigo meu pra mim.
ResponderExcluirTalvez eu esteja enganado, mas Jesus nunca falou dos fariseus a não ser para os próprios...Ao povo, Jesus falava e agia da maneira correta e assim doutrinava.
Ficar falando dessa corja que de fato existe, acaba dando um certo ibope pra eles, não sei se me compreende, mas acho que está na hora de parar de falar dos fariseus de nossa era e viver como cristo e deixar o Evangelho, e não o "gospel" ou o "evangeliquês" ser a referência em nossa postura.
Um fraterno abraço!
Thiago Oliveiro
ResponderExcluirPaz brô
Boa tua colaboração. Mas quero compartilhar contigo outra imagem que tenho de Cristo e sua pregação. Fique a vontade para discordar.
Primeiro: "Jesus falava e agia da maneira correta"
Certamente não. Não pelo menos para os próprios judeus, pois era justamente pelo seu comportamento que desejavam matá-lo. Era porque ele violava o sábado, não lavava as mãos, comia com publicanos... isso, certamente para a sociedade judaica não era "agir de maneira correta". Então não foi por isso que homens e mulheres o seguiam... mas porque nele não era encontrado dolo. Era porque em suas obras se via a mão de Deus. Não há relação alguma ao comportamento de Jesus. Lembre-se, o Filho do Homem fez um chicote e espancou quem vendia no Templo.
Segundo: "Jesus nunca falou dos fariseus a não ser para os próprios".
Nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas encontramos a mesma passagem - "Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia."
Sim, Jesus sempre ensinava a todos os que o buscavam que não copiassem os fariseus. Ele não falava apenas para os fariseus. Ele falava a todos.
Mas entendo o que você quis dizer. Tanto concordo contigo que no início do ano inclusive escrevi um texto e publiquei neste blog afirmando que não mais citaria nome de nenhum servo de satanás. No entanto, permanecerei firme na luta contra essas espúrias doutrinas e esse "evangelho" decadente e insípido.
Dessa forma é que tornamos o Evangelho parte da nossa vida. Vivendo e Defendendo o mesmo.
Paz seja contigo.
Soli Deo Gloria.
Fabrizio
ResponderExcluirNaõ sei se estou de todo correto. Eu realmente não li nada sobre essas passagens. Quer dizer, já li, mas sempre colocando as duas como sendo a mesma coisa.
Fique na paz.
Grande Daniel.
ResponderExcluirSou um admirador de suas colocações, e como disse, talvez estivesse errado na parte de Jesus nunca ter falado dos fariseus para o povo, nisso vc me corrigiu...rsrs...verdade, há a passagem do fermento dos fariseus, mas isso não foi o foco do seu ministério, nem estou dizendo que é o seu...
A outra coisa é sobre a atitude correta de Jesus, lógico que perante a sociedade judaica de seu tempo ele foi o que puderíamos chamar de "subversivo"...até escrevi sobre isso em meu blog, vou deixar o link pra vc conferir depois:
http://batedeiraindustrial.blogspot.com/search?q=palavra+subversiva
Quando afirmei que Jesus fazia o certo, quis dizer de acordo com os parâmetros do Reino. O Evangelho é a verdade e não os ritos e os acréscimos de Lei dos religiosos de seu tempo.
Enfim, continuarei te acompanhando e te parabenizando pelos excelentes textos...
Paz!!!