28.8.10

sem desculpas... eu sou assim mesmo

Em meados do século passado, meio que se deu por encerrado um assunto nas faculdades de História. Parcialidade versus imparcialidade. É impossível haver imparcialidade no discurso histórico, ou no fazer e escrever História. Ao ler um texto eu identifico se o autor é de esquerda ou de direita, seus precoceitos, suas preferências etc. Eu leio o próprio historiador.

Nós somos ao extremo parciais. Não por sermos cristãos, mas por sermos humanos. O que eu penso, escrevo e falo é nada mais que o discurso do que eu realmente "penso, escrevo e falo" (redundante eu sei). Não é externo, é interno. Assim, se acredito em doutrina da eleição, depravação do homem e ser a Bíblia a Palavra de Deus, por exemplo, sou e sempre serei parcial quanto a qualquer assunto que envolva estas temáticas. Quem afirma poder ser imparcial já está sendo parcial... da "auto-enganação".

Independente do que o outro "possa" me provar, estou convencido que essa é a Verdade. O que já me diferencia de muita gente, que por exemplo, não acredita existir Verdade Absoluta, mas verdades... multiplas verdades. Crendo ser essa a Verdade Absoluta tornei-me inamovível. Ferrenho defensor do que creio ser o Verdadeiro e único Evangelho de Cristo.

Ora, de igual forma, creio que os que pensam diferente. Os que defendem a necessidade do homem participar da sua salvação, da capacidade do homem fazer a escolha entre o certo e o errado (falo de coisas espirituais, não de se deve ou não trocar de carro) ou dos que questionam a justiça e o amor de Deus, também podem ser tão inamovíveis quanto eu.

Não significa que terão meu respeito pelo que crêem. Não é por acreditarem de outra forma, mas justamente pelas coisas que eu creio. Veja, se te tolero não é pelo que você crê. Mas pelo que eu creio. Não respeito o Espiritismo mas respeito o espírita, não porque ele é espírita e faz boas obras... mas porque ele pode se tornar um cristão. Ele pode se converter de seu mau caminho para o único e verdadeiro Caminho Jesus.

Crer em doutrina da eleição não é prerrogativa de salvação. Regeneração sim. Falta de entendimento também não é garantia de perdição... pode ser apenas falta de nutrientes...

Enfim. Se te ofendes com que escrevo. Se te sente ferido e desprezado com que escrevo. É porque você pensa diferente de mim. E ao contrário de como você possa sentir, eu não saio nem ferido nem com o sentimento de que o que escrevo não atingiu o objetivo. Meu único objetivo e pregar a Palavra de Deus. E ela não terá nenhum efeito sem a sobrenatural manifestação do Espírito Santo. Portanto, é natural... muito natural... muita gente não aceitar.

Quando escrevo estou olhando para o que Cristo fez, para o que Paulo e Pedro escreveram... estou olhando para homens como Spurgeon, Arthur Pink, Paul Washer, John Piper, John MacArthur e outros que crêem nas mesmas coisas que eu (e crêem bem antes que eu)... não olho para Silas Malafaia, Benny Hinn, David Yonggi Cho ou Gondim (não estou colocando todos no mesmo saco, estou apenas citando).

Portanto, quando você lê alguma coisa neste blog, você lê alguém que crê em predestinação, alguém que crê na ABSOLUTA SOBERANIA de Deus, alguém que enxerga no livro Bíblia a Palavra de Deus exata e sem deformação. Não espere algo diferente. Não são os comentários contrários que me farão crer que o homem tem livre-arbítrio, por exemplo.

Não estou dizendo que não mudei ou não mudo em relação a liturgia, comportamento e outros acessórios... mas quanto ao fundamental. Já estou mais do que convencido. Já fui comprado e sei que foi um alto preço. Sim... eu fui comprado... não fui eu quem deliberadamente decidiu ser vendido... quer algo mais predestinado que isso?

Se depois de ler este texto você só enxerga um limitado sem criatividade, preso a uma realidade ultrapassada, um precoceituoso sem salvação. Alguém que não vê a "nova visão" da igreja contemporânea... um retrogrado bitolado que aceita ser manipulado pelo divino... então eu mais uma vez estou certo. Sem a interferência sobrenatural do Espírito Santo... nada... nada mesmo... que eu escreva te moverá.

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