13.7.10

ecumenismo: isso presta?


Podemos aceitar o ecumenismo, a "união" de diferentes credos em prol de um mundo "melhor"? Pode haver comunhão entre luz e trevas? (2 Co 6.14)

Quero para ilustrar este texto (além do desenho acima) escrever o que o apóstolo Paulo enviou em carta à igreja de Éfeso: E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. (5.11)

Deixando para outra ocasião o ecumenismo gospel, quero tratar do ecumenismo "inter-religioso". Quando evangélicos associam-se a católicos e judeus para eventos ecumênicos. Onde a palavra de todos tem o "mesmo peso", onde todos são "iguais".

O que há de mal nisso?

Tudo! Tudo mesmo...

Vamos começar pelos judeus. Estes no momento são a menina dos olhos de muitos movimentos neopentecostais no Brasil. As práticas do Antigo Testamento tornaram-se tão importantes, em alguns casos mais importantes, que o próprio sacrifício de Cristo. Centenas de igrejas (centenas, não meia dúzia de três ou quatro), fazem cursos e seminários ensinando doutrina judaica, seguem o calendário de festas da lei mosaica e incluem em seus cultos símbolos judeus por todos os cantos e momentos de sua liturgia, que vão desde miniaturas de menorá até replicas em tamanho real da arca, incluíndo pastores pregando com o talit sob seus ombros ou sua cabeça.

Mas o que Jesus disse aos rabinos de seu tempo? Não vou escrever aqui, todo mundo sabe o que ele disse... Por acaso eles mudaram de opinião com o passar dos anos? Os rabinos de hoje passaram a crer que Cristo é o Messias? O Novo Testamento é aceito por eles como Palavra de Deus?

Agora e quanto aos católicos. Aqui o ecumenismo segue um outro rumo, muito mais comercial eu diria. Cantores mineiros, por exemplo, adoram cantar músicas de padres e padres gostam muito de cantar música de cantores mineiros (assim expande-se o mercado). Mas a quem mesmo os católicos consideram mediador entre os homens e Deus? Algum evangélico por acaso não sabe? A quem o senhor Ratzinger considera cristão... melhor, a quem o clero católico romano considera como única "Igreja de Cristo"?

Talvez você pense isso: que desejo a morte de todos os que não são cristãos e que devemos iniciar uma jihad gospel contra estas hostes do maligno.

Mas não, eu certamente não penso em tal coisa. Cristo é amor, aqueles que vivem sob sua graça amam. No entanto, o "amor" humano não é justificativa para distorção da Verdade e do Evangelho de Cristo.

Quando falo NÃO ao ecumenismo inter-religioso não falo de amizade saudável e restrita (nem todo lugar que um espírita vai, por exemplo, o crente pode ir... acho que isso é bem claro para cristãos, caso contrário aconselho que você busque tratamento) ou entre católicos e evangélicos, judeus e evangélicos, espíritas e evangélicos... "qualquer coisa" e evangélicos. Vivemos no mundo, Deus ainda não nos tirou daqui... no entanto, devemos nos manter incontaminados. E não me venham com papos pós-modernos-emergentes de que tudo é santo, tudo é espiritual. Não meus irmãos. Nem tudo é espiritual... nem tudo é santo.

Neste mover ecumênico que recebeu forte incentivo na última década, são os cristãos evangélicos e protestantes, reformados e pentecostais, arminianos e calvinistas, que estão no lado mais fraco da corda... Por quê? Porque são os únicos que parecem estar mais dispostos a abrir mão da Verdade Bíblica em prol dessa unicidade. Eu não vejo o Vaticano abrindo mão de sua posição de única igreja de Cristo... os abraços e tapinhas nas costas entre o Papa da igreja romana e o Patriarca da igreja ortodoxa não passam de mera figuração. Eu não vejo os rabinos de Jerusalém endossando o cristianismo como uma religião, continuam a considerá-la uma seita que crê num messias que ainda não veio.

No entanto, evangélicos contratam e convidam rabinos para ensinar o Antigo Testamento como se eles o conhecessem melhor do que nós, como se já não tivéssemos nós um rabino... O Rabino. Dúvida que nós conhecemos o AT melhor do que eles? Explique-me então porque eles ainda não encontraram Cristo em suas extenuantes leituras da Lei mas nós já? Quanto ao comportamento de evangélicos com padres a regra é: não condene a idolatria, não condene a salvação por obras... abrace-os, ame-os, são filhos de Deus... Tolos! Somente aqueles nascidos em Cristo são novas criaturas e recebem o poder de serem chamados filhos de Deus. E isso inclui eu e você, católicos e judeus... nada que não é nascido de Cristo é filho de Deus... como podemos então cultuar um único Deus se cada um tem o seu próprio? A que deus iremos cultuar?

Enfim. Pregue-se o evangelho para judeus e católicos, para que eles se convertam e conheçam a Verdade que liberta, longe de suas práticas de idolatria e da cegueira espiritual... mas não dividamos o púlpito com eles... não nos pertence este tipo de altar. Dividir a Palavra com eles é dar razão à seu culto e à seu deus, que certamente não é o nosso... é parecido em "obras e história" mas não é em Poder e Graça.

por Daniel Clós Cesar

5 comentários:

  1. Daniel,

    excelente.
    pode-se adicionar: políticos, "irmãos" que vivem na prática do pecado, arminianistas, pentecostais com sua "dupla-bênção", unicistas, sabatistas etc.?

    Em Cristo.

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  2. Sim Paulo, com certeza podemos adicionar essa turma sim... mas dessa vez me restringi aos "inter-religiosos apenas.

    Graça e paz

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  3. graça e paz! bem oportuna sua postagem, que o Senhor contiue a usá-lo grandemente, para que sejamos abençoados pelas suas mensagens! um abraço!
    visite nos!

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  4. Daniel, leio seu blog com bastante interesse e permito-me comentar a sua posição quanto à "idolatria" católica. Meu irmão, a Igreja não apóia, não incentiva, não sustenta a idolatria. Não pregamos que precisamos de intermediários os intercessores, não pregamos que a salvação vem pelas obras. Infelizmente, 2000 anos de práticas humanas equivocadas e práticas também de Roma equivocadas podem ter distorcido aquilo que a Igreja Católica realmente prega. Não vou estender demais o comentário (que é somente um comentário), mas as afirmativas que fiz eu as sustento com veemência.
    Grande abraço, na paz do Senhor Jesus.

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  5. Oi Adriana

    Agradeço por sua visita e comentário. É sempre bom dialogar com pessoas de outros credos (ainda que cirstãos, temos e segumos teologias diferentes).

    Adriana, quando discuto o "Ecumenismo" não falo da junção, amizade e até comunhão de pessoas com diferentes credos. No entanto sou radicalmente (sei que é um termo forte, mas sou assim) contrário ao ecumenismo religioso.

    Não vou apontar o lado evangélico, vou começar pelo lado catóico mesmo.

    Você gostaria que em sua paróquia fosse um pastor neo-pentecostal pregar teologia da prosperidade, depois ele criticasse a "veneração" (que nos evangélicos chamamos de adoração) de Maria mãe de Jesus e ao final da sua oração não rezasse Ave Maria nem fizesse sinal da cruz?

    Creio que não.

    Assim como eu me sentiria ofendido se em minha igreja entrasse um rabino e fosse me ensinar sobre o messias. Quando na verdade eles não crêem no messias que eu creio... que já veio, morreu e ressuscitou (como você também acredita).

    Não falei dos erros passados da igreja católica... igreja ditas evangélicas fazem as mesmas vendas de indulgências e ícones sagrados que a igreja romana fazia no século XVI.

    Meu texto é contra o ecumenismo teológico.

    Não pode haver paz sem que exista acordo. Eu, como cristão evangélico, não faço acordos ou barganhas quanto a teologia que sigo e prego. Quanto ao Evangelho que eu creia ser verdadeiro.

    A igreja católica prega Salvação? Sem dúvida. Conheço muitos católicos e inclusive padres que assim procedem em seus sermões.

    No entanto a veneração à santos mortos, a crença em purgatório, o título de intercessora pelos homens à Maria mãe de Jesus e o culto aos mortos (muito realizado no dia de finados, quando as pessoas vão conversar com pessoas que não mais existem, nada sabem e não podem nos ver - Eclesiastes 9.5 / Hebreus 9.27) são práticas e ensinos teológicos contrários à teologia reformada, a qual sou seguidor. Por crer ser este o único e verdadeiro Evangleho de Jesus Cristo.

    Quanto ao apio à idolatria... porque a igreja católica não se posiciona contra às peregrinações a Juazeiro no Norte onde pessoas vão idolatrar um padre morto? Isso não é considerado idolatria?

    Para mim em nada diferencia da idolatria, que por exemplo, a Igreja Universal está promovendo com a construção de seu novo templo.

    Essa é minha posição Adriana. Eu certamente estaria equivocado se seguisse a linha teológica católica. Mas conforme minha fé e o Evangelho que vivo e prego. Em nada falhei naquilo que escrevi.

    Eu creio em predestinação, doutrina da eleição e graça, depravação do homem, infabilidade de Palavra de Deus (Bíblia) e exclusividade dela para interpretação dela mesma. Isso já seria suficiente para mostrar que sou coerente com aquilo que prego e escrevo.

    Paz seja contigo.

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